sexta-feira, 16 de novembro de 2012

15/11/2012

Dez horas e dois minutos; Uma noite fria.
Nem sempre foi assim.
Até as sombras tremem
Perante a penumbra que cobre a cidade.
O último trago do cigarro queima,
Seguro a fumaça nas entranhas,
Corre-se sempre o risco de ser o último.
Do maço? - Da existência.
Este mundo é escombro de outro
Que um dia aqui existia.
As casas, as crianças - Apenas cimento.
Todas as mulheres são prostitutas
Desesperadas e correndo pelas ruas..
E hão de cair....
Uma nova era surge,
Escorrendo do sangue de outra;
Vamos todos morder a língua
E não vou mais me importar
Se agonizar na beira da estrada;
Atropelado, estuprado; morto.
Endireito-me.
Um cão me segue, triste...
Alimentei-o por muito tempo
Agora terei de pisar em sua cabeça.
O hoje é tarde demais.
Para nós dois, é tarde demais..
Não é que o passado era melhor,
É que não quero me acostumar à essa merda.

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