sábado, 20 de outubro de 2012

Deuses e Feras

Mover os braços embaixo d'água
Diminuir a distância entre as mãos.
Entre alegria escoriada, sufocar-se;
Entre os destroços desaparecer..
Tornar-se um deles..
Anjos choram pelos cantos..
Eu é que despenco. Sou uma farsa!
Acenderei um cigarro,
Uma homenagem ao seu sorriso falso,
E outro para Deuses esculpidos em carvão,
Para cravar em sua boca
Toda a impureza de ser humano.
Então choraremos todos juntos..
Como feras desgraçadas e sujas de lama,
Nos embrenharemos pelos vales,
Procuraremos por abrigo, até que morramos fome.

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