Carros cospem ódio e súlfur
Escorre óleo das engrenagens
Os homens empalhados
Construídos à sua imagem
Os Deuses, imunes à queda
Em tronos de cal e aço
Ostentam orgulho humano,
Seu desdém e seu descaso
Movidos pelo remorso
Como cegos animais
Buscando romper os sinais vitais
Damos glórias as máquinas
Por não sermos seus iguais
Perdemos a esperança de encontrar paz
Colocamos em tom miserável
Os pulmões em um cinzeiro
Traçando o futuro instável
De um filho derradeiro
Que nasça do puro metal
Com o coração dilacerado
Da evolução desigual
E de desejos programados
A vida é incoerente,
Humanos não mais relutam,
Cegos seguem em frente,
Glórias banais nos ofuscam
[Adaptação de vários textos recentes]
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