sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sempre ao meu Lado

A angústia ao meu lado,
Presas e garras na garganta;
Esculpindo dores e
O torpor dos dias.
Torrentes de lama
E sangue nas línguas
De profetas que se arrastam
Como serpentes malígnas
Escoam como escombros de mim mesmo,
Dentro de ti e também em teu nome.
Teu hálito há de me arruinar..
Estraçalhar! E tuas gargalhadas,
Ecoarão pelas ocas catedrais
De corvos à espreitar almejando
Os negros olhos daquelas garotas,
E a paralisia inerente aos gárgolas;
Insensatos, falsos poetas..
Anjos de asas de pedra e sem tronco;
Santos secos e sem ânsia...
Agonia e arrepios em seus fêmurs
À enudecer o credor falso dos homens,
À dissecar as fibras e sonhos;
Sonhos de pó, do mais deplorável pó..
De ódio! De mentiras e de sombras..
Meus sonhos.. E só meus.
Tortos por sua natureza,
De carregar em ombros frágeis
À coisa em si de toda a tormenta.
Sonhos de angústia,
Sempre ao meu lado.

"In this shadowplay acting like your own death,
Knowing no more.."

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