sábado, 16 de junho de 2012

Nos Jardins do Ódio

O fogo toma os jardins
Gasolina e querosene inflamam.
Chego a arrepiar
Só de pensar no exagero,
Na abundância de dores.
Defecar sangue de tanto beber,
Olhar por dentro
E descobrir como funcionam
As trapaças que os dias pregam.
As crianças não foram avisadas
E correram pras ruas pra olhar pro céu;
Minha imagem refletia num copo
E dentro dele minha alma
Se destilando, escoando,
Florescendo como uma erva daninha.
Em minhas mãos à vida apodrece,
Envenenada pela minha salíva,
Amarro as mãos e vendo o corpo,
O jogo de construções vazias
Onde trabalhadores perderam os dentes;
E quando me canso, perco a luta..
E quando as crianças correram pras ruas
Pra assistir os balões subirem,
Elas não sabiam que seriam seus jardins
Se incendiariam no futuro...

"You say you don't want it
You don't want it
You say you don't want it
And then you slip it in!"

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