quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nos Olhos e Lábios da Noite

Feche os olhos e deite-se
Como se a noite corroesse
As entranhas de seus filhos,
À traçar tortuosos trilhos.

Aquela garota está perdida,
Enormes pedras em sua estrada
À cegar ambas as vistas,
Sangrar as pernas, tão cansadas.

Feche esta janela
E vamos descansar, distantes,
Vamos descansar distantes.

Quanto à desejos esquecidos
As teias de aranha a cobrí-los.
E quanto aos sonhos esguios
As teias à perseguí-los.

A garota então, me abraça
De tez morta me veste.
Deixar-me-a ao fim do dia,
Disseminando em mim a peste.

Morrerá quando a noite cair
E me afogar em cuspe e sangue
Morrerá quando a noite cair
Me afogar em cuspe e sangue...

Nenhum comentário:

Postar um comentário