segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012

É o fim, mesmo para os mestres do tempo.
A garota tola balança as pernas,
Acordada pelas vibrações retas:
Entoadas pelo ritmo que ecoa pelo quarto
e pela corda bem presa no pescoço.
Um passado de sonoridade futurista,
Nossos pais um passo à nossa frente.
E Ela ainda preferia os peixes,
Observar-se à mergulhar no espelho
Onde as maiores estrelas do mundo
Arrumam suas imagens; suas faces.
E o robô, que dançava sozinho no quarto,
Se perguntava como seria amá-la.
Mesmo quem não sente, se sente só.
A solidão não exige aquele frio na espinha,
Afinal, vivemos na era dos computadores,
Da exclusão desapercebida,
Do brinde ao Alzhaimer sentimental
Dos amigos lembrados por bipes eletrônicos.
A grande arte moderna mora nos trabalhos manuais,
Nas fábricas de sonoridades constantes.
Mesmo para aqueles além da tecnologia,
Mesmo para os sábios da antiguidade,
Esta é a era da infertilidade,
Era esta que deve e vai ser deixada
À mercê dos robôs solitários.

"We are functioning Automatic
And we are Dancing Mechanic
We are the robots"

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