sábado, 8 de outubro de 2011

Sobre Cânceres e Abraços

"-Mova os braços!
-Me motive!"

Lembro de dias em que admiravas minha arte,
E agora, já não lhe espanta meus castelos de argila.
Frágil corpo, frágeis abrigos - Desmorono.
Mas olha só, vermes por dentro de sua tez!
Posso ver, posso enxergar com clareza inigualável!
Deixaste que Demônios te dominassem o estômago
Como os dias em que estivemos no frio sem cobertores,
Sem dividir nosso calor corporal.
Quais sensações horríveis nestes dias, não?
E hoje quando acordei, me senti tão só...
Tens um abraço ai para um velho amigo?
Oh não! Ocupado e de bolsos vazios?
Mas que lástima, meu irmão, mas que lástima!
Paga-me então o cigarro que me deves;
Porque hoje a luz da lua está tão ofuscada
Que não enxergo um palmo à frente do nariz..
Serei eu um daqueles mediocres mesquinhos?
Olho pro céu e já nem há lua. Serei eu um ser deplorável?
O céu é grande demais para minha arte.
Não há horizonte que o alcance!
Mudei muito, não foi? Mudei muito.
Coloque só a mão no câncer e sente minha maldição,
Muitas mudanças...
Sou um monstro infertil, já sei.

"- Mova os braços! Mova os malditos braços!
Faça ondas, como quando era criança e Sonhe!
Mova os malditos braços.
Oh! Já não os tem?... Oh..."

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