quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Coração de Granizo

Chuva de granizo caindo cedo, olho para o horizonte,
Onde jás sua casa coberta de nuvens cinzas, quiçá fumaça.
Sento-me ao chão para sentí-la.
Quero sentí-la caindo em meu corpo, pois a amo.
Sou humano... E como é ser imperfeito?
Ser você por completo, quando se é
Um verme que trai os próprios sentimentos.
Que se alimenta do cadáver de sua amada e, por culpa,
Esmaga seus orgãos vitais?
Culpa é o cárcere de nosso próprio pecado,
Quando não conseguimos nos olhar na cara,
Tamanha quantia de pus que nos escorre dos olhos em frente ao espelho.
Ter instintos; Como um cão que cheira o próprio ânus.
Ter a tez quente e o coração frio.
E assim é que me sinto. Traidor de meus sentimentos.
Amo sem gesticular. Ajo até como quem odeia.
Mas não imploro por perdão, pois sei que seria injusto.
Não mereço nada que venha como um sublime abraço teu.
Imploro por punição,
Pois odeio-me e não consigo pisar em minha própria cabeça.

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