quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marina Pedersen

Mais um texto que não é meu,
Tem se tornado comum, não?
Bom, ter amigos escritores não é fácil! (tá tá, Bruno).
Nem preciso dizer o quanto essa pessoa é especial para mim e como fez e faz diferença em minha vida..
Só eu e ela sabemos (hell yeah!)
E escreve maravilhosamente bem!
Vamos ao que interessa:


"Mataste nossos filhos
Mataste-os antes que
Teu útero maldito pudesse
Carregar a fagulha mínima
Da esperança de nossas longínquas aspirações

Os fetos nunca concebidos
Sem vida antes da vida
Despedaçados na não-existência
E o que sobra é o que eram: desejos vagando
Em minha mente agora conturbada

Filho que perde o pai,
Orfão.
Pai que perde o filho,
Condenado a (con)viver com
A lembrança do que um dia fora a segunda chance
De fazer valer a dor do parto,
a dor de duas vidas sem alicerce.
Pai que perde o filho que nunca teve,
Assombra a si mesmo com hipóteses mortas
Da suposta concretização de seus sonhos"
Marina Pedersen

[Não tem título, e é carregado de uma parte ruim minha, mas é maravilhoso demais!]

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