terça-feira, 14 de junho de 2011

Velho Demais pro Teu Mundo

Existe um vazio dentro de mim;
O tempo correu através de minha existência,
Até que a velhice chegasse
Sem o meu consentimento.
Coloquei a corda no pescoço
De minhas relações com um mundo
Fútil e sem razão,
De palavras vãs em lábios cruéis.
Ninguém me olhou com ternura,
Nada mais que seu desprezo
Caí.
Milhares de sonhos secos
Em meus olhos tortuosos,
Atormentaram meu sono na noite.
"Hei de esquecê-los"
Sorria, com tom triste;
"E só por esta manhã,
Só por esta maldita manhã;
Tão fria e depressiva, e em que
(sem nenhuma vontade)
Me coloco em pé,
Queria que ficasse ao meu lado".
Mesmo nos dias em que sorri,
Dos quais nem pó resta,
Possuía ainda, visão pessimista.
O peso na consciência,
Esta ânsia catastrófica,
Avassalando os sentimentos
Que eu guardo por ti e de ti escondidos
Sempre esteve bem à vista.
E você se foi. Você se foi para sempre...
E o que restou do amor em minha
Cabeça abalada pelas mudanças
Foi só uma enxaqueca maldita,
Que me cega, que me cega o tempo todo.
Porque é que tem que ser assim?
Guardo o zelo nos bolsos e choro,
Amor ou ódio-próprio, como se importasse.
Porque é que tem que ser assim?
Meu corpo fraco há de se extinguir...

Um comentário:

  1. Bela escrita... Apesar de triste, soa bonito.

    Ótimo blog!^^

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