quinta-feira, 14 de abril de 2011

Os Miseráveis

Não tem porque Ler este texto, só estava me organizando.
Esse post é diferente de tudo aqui.
Pode me achar babaca, imbecil.
Não é bonito, não faz sentido. Não é uma poesia, nem uma previsão.
É, no fundo, um desejo, só. Um relato, talvez.
De muito que ouvi, que li, que vi pessoalmente e do que eu entendo por justiça.
Nem é revoltinha infundada de 15 anos de idade.
É só um desejo no fundo do meu coração.
(Não devia postar aqui, mas o blog é meu, afinal)

Os Miseráveis

Os pobres estão amontoados.
Jogados às margens.
De suas grandes ruas, de cidades lindas, paradisíacas.
Os pobres estão sempre por perto; A espreita, no escuro.
Nas favelas, se reunem.
Todos juntos, trabalham por você.
Os miseráveis estão por todo lado;
Com suas almas mortas, você espera que eles fiquem caídos.
Mas sua boca espuma de raiva. Eles aguardam.
Nas sombras por trás das cortinas, do seu palco grandioso,
À margem do centro; Miseráveis periféricos.
Eles estão aguardando, mas suas jaulas empilhadas nos morros
Estão abertas e o circo está pronto para pegar fogo.
E quando acontecer, o palhaço vai chorar enquanto é crucificado.
Os portões de suas casas de três andares
Estão prestes à ser derrubados por aqueles
Que não tem dinheiro pra comer no fast food.
Eles não tem esperanças, nem querem justiça.
Ficam no frio, na madrugada, deitados em papelão.
Eles querem sua cabeça na churrasqueira.
Eles nunca leram marx, mas sabem da distribuição do seu dinheiro.
Vão entrar na sua casa gigante, fedendo merda.
Vão pisar no seu sofá branco com os pés sujos de barro.
Vão estuprar sua filha e sua esposa, vão te deixar de quatro
E botar fogo nas suas obras de arte preciosas.
Não adianta chorar, nem rezar.
"Bem vindo ao livre comércio das américas"
Não acreditam na ditadura do proletário.
Eles acreditam em foder com seus familiares
Matar seus amigos, vestir suas roupas de grife.
Acreditam em roubar sua comida, porque não querem mais subviver.
Eles vão se sentir como os grandes atores da TV,
Que vão estar enforcados pelas praças e na praia de Copacabana.
Eles são à favor do aborto e tem religião.
Eles te estendem a mão, quando você não tira elas do bolso.
Você pára no sinal, eles te oferecem balas;
Mas agora as balas vão ser enfiadas na sua cabeça.
Seu pior pesadelo está deixando de se arrastar pela sarjeta
E o seu cartão de crédito não pode fazer nada pra te salvar.
Os pobres não vão mais só consumir de seu mercado.
Vão botar fogo no seu apartamento. Virar seu carro novo.
Destruir seu estabelecimento e cospir na sua cara.
Rir de seu governo. Não tem polícia pra segurar
Os milhões de cães de caça que você, com suas migalhas, alimentou.
E que agora, soltos de suas coleiras sociais,
Comem seus filhos e roem seus ossos frágeis.
Eles não são vegetarianos.
Seus orgãos vitais serão prato fino nas mandíbulas
Daqueles que você mesmo deixou à beira da estrada.
Os pobres com raiva; Os ricos com medo
"Você nunca pensou que fosse ter um fim tão deprimente".


Não acredito que haja algo de bom no ser humano.
[Influência forte de Sick Terror (Grindcore, ultraviolence brasileiro), Uncurbed(Hardcore, Crust Sueco) e de Malvados (quadrinhos brasileiros)]

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