domingo, 19 de dezembro de 2010

Pagando Pecados Alheios

Pagando pecados alheios,
Quebrando promessas vazias.
Quanta angústia é possível enxergar no vazio de minhas retinas?
Estava preso às quatro paredes da sanidade,
Me sufocava. O oxigênio não supria minhas necessidades.
Sem abrigo, fugi pra sempre.
Aqui estou. Maldito, amaldiçoado, pode me enxergar, agora?
Estou cego e morto, consegues ver que parti pra sempre?
Podes ver a tristeza à se alastrar?
Queimando a alma, deixando do espírito as cinzas.
Minha fênix é incapaz de alçar vôo,
Perdida, desamparada, sem asas.
Desaprendi sorrir, ó Deus! Me perdoe por não ser teu filho.
Não tenho amor por nada, nesta vida vã.
Posso sentir o pânico pelas ruas,
O apocalipse rasga os céus, rachando suas construções frageis.
Desde quando me entreguei aos braços de toda essa mediocridade
Não sei mais como é almejar algo.
Desde que aprendi a viver pelos outros, Perdi o que era meu.
Não quero ser filho de seu Messias,
Não sou mártir da sua religião suicida.
Não enxergas que Jesus não vai voltar pra cuspir em suas pernas bambas?
Enquanto os jovens se cortam em seus quartos escuros,
E o óleo escorre as margens deste mar imundo
Estou aqui, esperando...
Mas o que é que vem pela frente?
O que?

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