segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A verdade e a mediocridade

Não adianta tentar mudar.
Nossos caminhos são vazios
No fim, apenas o precipício nos resta.
Fazemos tudo em vão
Nos sustentamos em busca de nada
Nos iludimos, furamos nossos olhos.
Fingimos ser grandes
Vangloriamo-nos por merda alguma
E nos sentimos derrotados, no fim.
Fingimos pra nós mesmos que somos grandes
Embora, nosso maior medo
É de aceitarmos a verdade.
Vivemos de alimentar mentiras
Não conseguimos dormir de noite
Pois ainda nos resta a consciência
(E esta nos apedreja sempre que possível)
Fugimos pra debaixo da cama, com medo.
Sozinhos, tremendo, temos um medo insuportável.
Cada um de nós!
Mas nós ainda sabemos fingir.
Escondemos o medo atrás de máscaras
Máscaras de sorrisos carnavalescos
Fantasias de dias ensolarados
Escondemos nosso ser.
Estamos no fundo do poço!
Estamos afogados, isolados no mundo
Nós queremos ser iguais,
Mas não somos.
Porque, de noite, sozinhos
Rolamos de um lado pro outro da cama
Pensando na próxima mentira que contaremos
Pra fingir que não somos derrotados.
Pra não aceitar a verdadeira realidade...
Não somos nada.

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