terça-feira, 11 de maio de 2010

A distância e a Saudade.

No horizonte, buscar por aquilo que está dentro de si.
Seria comum, até, não fosse o ódio que crias por si mesma.
A distância é a morte dos corações e a saudade é um último suspiro na noite dos solitários.
O repúdio por tudo isto haveria de matá-la, não fosse o suicídio prematuro que cometera, ao sentir o amor pela primeira (e pior) vez.
Cada sentimento é a morte da ânsia por ser. Cada ilusão é uma voz em sua cabeça,
Um novo espírito a quem não pode abraçar; Uma nova face sem reação, estagnada.
O ser se perde numa busca infundada de novas faces que tentam preencher um antigo retrato.
Tu conversas com fantasmas sem voz que nem ao menos buscam responder os seus "te amos"
Perde seus dias a encontrar memórias que não mais voltarão.
Mas o tempo passa rápido e o passado é a distância mais inalcansável,
Então, vale a pena morrer por algo que já está morto?
Vale a pena morrer antes mesmo de viver uma primeira e única vez?




NOTA:
As árvores, ao terem as raízes amputadas, ficam para sempre como eram antes de serem derrubadas.
Os homens são árvores, as formas são a consciência e a Raíz é a vida.
A memória é o que nos faz permanecer vivos enquanto formos recordados por nossos filhos.

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