terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Mediocridade, tédio, angústia e desesperança

Através do olhar dos dias
O fogo faz estalar os galhos das árvores
As cinzas caem pela manhã,
E os prédios encobrem o Sol nas tardes.

Entre os feixes de luz,
Pedidos e orações,
Os cegos se vangloriam
Por ouvir novas canções;

Boas canções foram esquecidas
E as mães agora choram,
Os filhos fogem na noite
Enquanto multidões oram.

Como os assassinatos e o terror,
As sombras se espalham nas ruas
A compaixão já não vale nada,
A morte cai como as chuvas.

A angústia apodrece os sonhos
Até só restar o medo,
Fumaça nos céus, lágrimas nos olhos,
A morte vem cedo.

Todos se matam por dinheiro,
Punhos sujos, enrugados
Os Cães latem raivosos
Os humanos com risos amarelados

Os gritos de dor ao fundo,
não tão mais distantes
Seus heróis estão mortos
deixou correr suas chances

O cálice esta quebrado
E há sangue por toda parte,
As almas caminham leves,
E carros em alta velocidade.

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Old, muito old.
Algum dia de 2006

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