segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Singela homenagem à um grande coração

Seus passos, ainda marcados nas areias da lembrança, recordam um passado que está presente a cada dia;
O suor que me escorre o semblante em toda noite maldita de insônia, brota de uma angústia que temo cada vez mais voltar a sentir.
Não queria estar acordado, definitivamente não.
Poderíamos nos encontrar outras vezes, por aí, nos caminhos divinos?
Esta chuva fina que lava o asfalto lá fora já caiu inúmeras vezes, as vezes me pergunto quantas serão necessárias pra apagar a dor do vazio.
O fim as vezes é tão irreversível que nem me pego a orar pelos cantos da casa, mais.
É sua face que vejo em todos os sonhos, mas sempre se vai sem dizer adeus.
Eu queria pelo menos dar um último abraço, dizer o que senti, não é justo, mas nada é.
Minha esperança de esquecer tudo aquilo que se passou está morta e enterrada, com uma promessa de zelar pela felicidade, zelar pelo sorriso mais belo que há de passar por minha vida, agora vazia e solitária.
Mas é assim, a vida parece não ter desfechos felizes.
As lágrimas, cantos, orações, homenagens...
Estaria ele ouvindo este lamento e chorando perante minha tristeza?
Duvido muito.
A quem cabe o direito de matar ou criar a morte?
Fomos criados pra morrer ou viver eternamente?
Quizera eu viver depois que ele se foi, mas vou levar o que ele me ensinou eternamente.

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