quinta-feira, 11 de junho de 2009

A morte

Saem de teus lábios canção de imensurável beleza:
Gemes por tua dor, sinfonia finamente orquestrada;
O arrepio de tuas gélidas mãos já sem ações;
Sem gesto, movimento, cor ou vida
Revelam num último instante como és em essência;
Teus olhos bem abertos já fitando a morte em suas belas vestes,
Apenas congelam em tal linda cena;
Descarta tua fé ou amor, perdendo o valor a crença;
Ainda pode ver o sangue que escorre, brotando de teu peito;
Roga de joelhos, piedade implorada:
A quem cabe o direito de tal injusto julgamento?
Até que tudo se cala profundamente, consentindo;
Mas no fim tens de admitir que é algo de imensa beleza
Apreciar-te enquanto repousas perante tua bela coroa de flores.

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